sábado, 26 de janeiro de 2008
“Se eu venci o amor
E o amor venceu a morte
Sou de todos o mais forte
Sou de todos o mais forte.”
Eduardo Galeano
Se eu quiser chorar
Chorar não vou poder.
Em minha aldeia
É proibida a tristeza de morrer.
A tristeza de amar
A alegria de viver
Quando a vida retornar
A memória há de ser minha guardiã.
Nunca mais padecer
Nunca mais amanhã.
Ser mais sem perder.
O fogo prometeu
Nunca mais deixar de arder.
Maldição dos que alimentam
Todo dia o coração.
Amantes sem amores
Caminhantes sem o chão.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Maria da Conceição
Maria da Conceição
(Serraria e Marcelo Cougo )
Novemdezembro 2003
Maria morena mulher meu amor
Esse samba foi feito prá Deus Nosso Sinhô
Canto a quem duvidar
de um amor maior que a vida
que pode a razão levar
e se deita no céu qual a lua esquecida.
Mestre Papai, samba de morro
Alegria do povo, vai cantar...
"Quando a mulata passa, nem sol
nem vento nem chuva, tudo pára!
A gira dos seus passos na ginga do Samba Puro
Mais que um poema em claro escuro."
Maria te encontro depois do perdão
Poeira de sal subindo do chão
Ciúme é cachaça que embaça a vista e traz
desgraça a quem olha prá trás.
Leva e traz, leve paz, leva e faz:
Deus Pai, Maria, Mestre Papai, vou cantar
Um amor assim não precisava a morte levar?
Um amor assim não precisava à morte levar?
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Homem.com
Achei o original de um poema que depois virou música da banda Bleque, Homem.com, pode baixar no site da Bleque, link aqui do lado, em cima. Tem até uma estrofe que nunca foi cantada. Descubra e ganhe um parabéns!!
Homem ponte
Traça viadutos
Liga horizontes
se conecta em tubos
circulares.
Homem rua
Atravessa a vida
Vai da terra à lua
Cobre muitas milhas
a pé
O homem é sua fé
Homem barco
Segue a corrente
Corre rios e lagos
Cruza a vazante
Até a maré.
Homem santo
De batina branca
Homem negro Bantu
Que espalha o mantra
No mundo.
Homem crença
Vocação,cilício
Paga penitência
Agradece o pai,o filho
A luz.
Homem tigre
Gato camuflado
Andarilho livre
Passo abençoado
De jaguar
O homem é caminhar
Oxalá o menino é o pai do homem
O seu filho e seu irmão também
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Pressa
Letra feita para uma música do Rodolfo Mendes. A criação foi meio dura por causa do prazo, uns três dias pra fazer, o que fez tudo paracer mais difícil, acho que ficou bom, melhor com a melodia mas a gente vai ter de esperar um pouco pra ouvir.
Sinto abrir o sol no apartamento
Maneiras de moldar o vento
A luz e nada mais
Canto oceano de beber tanto
Folia de sangrar lento
O que cabe na canção
E tecer em longos ais
Esquecer o que era véu
Pra se derramar no céu
Enxergar além de nós
Navegar antes do cais
No que um dia se perdeu
Refrão
E reencontrar o teu olhar
Teu porto teu gosto de hortelã
Bandeira em verde temporais
Vermelhas saudades dos teus tons
Santo, relevo redentor em pranto
Sereia no meu firmamento (pensamento)
Azul na mansidão
Subo, ladeira de andar só
Descida até o chão, pó
Pedaços que deixei por aí
terça-feira, 11 de setembro de 2007
letra de música não é poema...
...e vice versa.
nesse espaço quero colocar as letras das canções, solo ou parceria, que tive a sorte de encontrar por aí.
Começo com essa, O Soluço de Preta Mina, é um poema carnal do Serra. Ele mandou e eu coloquei algumas coisas em ordem para a canção que viria e se fez um rock/folck/tango.
O soluço de preta mina
(Serraria & Redenção)
A barriga é uma maloca redonda onde a vida se faz e flutua...
Como serão as carinhas de meus filhotes?
Um nascivento que sopra por sobre as casas
parindo sobras no morro ao som dos silêncios
que se quiser bem os posso fazer
bem os posso fazer.
A baia é uma velha puta cheia de rastros de cupim...
pó, madeiras podres, buracos, restos de mim
camas improvisadas no chão e uma televisão
partindo camadas de vazio em pedaços
que se quiser bem os posso mais ver
bem os posso nascer.
A barriga é uma favela gozando num breque de tamborim...
pança tecedeira de anjos aparando orgasmos para mim
penetração inteira num carnaval coletivo
passindo o sexo malabarindos de pretamina ali tão lindos
que se quiser bem os posso mais ser
bem os posso mais ter.
A batucada é uma vila de noite gemendo sem fim...
palafita do nada em que sozinham meus estômagos
sou filha de uma beleza periférica a pedir sossego
pai vindo de negros soluços de algumas cuícas
que se quiser bem os posso mãe ser
bem os posso mãe ser.
Vai estar no 1° cd solo do Richard Serraria, vocal da Bataclã FC. mais informações podem ter no www.vilabrasilcodigolivre.blogspot.com
nesse espaço quero colocar as letras das canções, solo ou parceria, que tive a sorte de encontrar por aí.
Começo com essa, O Soluço de Preta Mina, é um poema carnal do Serra. Ele mandou e eu coloquei algumas coisas em ordem para a canção que viria e se fez um rock/folck/tango.
O soluço de preta mina
(Serraria & Redenção)
A barriga é uma maloca redonda onde a vida se faz e flutua...
Como serão as carinhas de meus filhotes?
Um nascivento que sopra por sobre as casas
parindo sobras no morro ao som dos silêncios
que se quiser bem os posso fazer
bem os posso fazer.
A baia é uma velha puta cheia de rastros de cupim...
pó, madeiras podres, buracos, restos de mim
camas improvisadas no chão e uma televisão
partindo camadas de vazio em pedaços
que se quiser bem os posso mais ver
bem os posso nascer.
A barriga é uma favela gozando num breque de tamborim...
pança tecedeira de anjos aparando orgasmos para mim
penetração inteira num carnaval coletivo
passindo o sexo malabarindos de pretamina ali tão lindos
que se quiser bem os posso mais ser
bem os posso mais ter.
A batucada é uma vila de noite gemendo sem fim...
palafita do nada em que sozinham meus estômagos
sou filha de uma beleza periférica a pedir sossego
pai vindo de negros soluços de algumas cuícas
que se quiser bem os posso mãe ser
bem os posso mãe ser.
Vai estar no 1° cd solo do Richard Serraria, vocal da Bataclã FC. mais informações podem ter no www.vilabrasilcodigolivre.blogspot.com
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